A música têm o poder de atravessar fronteiras e barreiras, conectar diferentes pessoas e influenciar sociedades com o decorrer das gerações. No Brasil, um país em que a música possui um forte papel na sociedade, marcando momento históricos para o país, levantando bandeiras e vozes, a música internacional sempre teve um papel importante na formação de novas tendências e na construção de uma identidade musical plural.
Nas décadas de 50 e 60, o Brasil vivenciou uma forte troca cultural com os Estados Unidos e a Europa. A influência da música estadunidense, principalmente vindo do Rock’N Roll, Jazz e a música pop começaram a ser sentidas e percebidas no cenário brasileiro. Artistas nacionais como Tom Jobim, João Gilberto e Caetano Veloso começaram a misturar a música com influências do jazz e da música americana, criando assim um estilo único e monumental, conhecido como Bossa Nova.
A Bossa Nova é um exemplo claro de como a música internacional foi capaz de conversar com a tradição musical brasileira criando uma sonoridade híbrida e inovadora. Esse processo de troca cultural foi fundamental para colocar o Brasil no mapa da música mundial, ao mesmo tempo que aproximou o país das grandes correntes musicais internacionais.
Do Pop ao Rock: os anos 80 e 90 criando gerações
O surgimento de canais de TV especializados, como a MTV, e o crescimento das emissoras de rádio em todo o mundo ajudaram o acesso à música de outros países. Artistas internacionais, como Michael Jackson, Madonna, Prince, e bandas como U2 e Nirvana, tornaram-se figuras globais, com uma gigantesca presença no Brasil.
Os gêneros de rock e pop dominavam as paradas de sucesso globais e a influência desses gêneros se refletiram diretamente na produção musical brasileira. Nomes como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e Titãs passaram a incorporar elementos do rock internacional em suas canções.
A influência da era digital e os anos de ouro
Com o nascimento da internet e das plataformas de streaming no mundo, as músicas internacionais nunca estiveram tão acessíveis e em alta no Brasil. Aplicativos como Spotify, Youtube, Apple Music, entre outros, permitem que os brasileiros escutem diversas músicas de diversos lugares do mundo de forma instantânea.
Quem não se lembra dos famosos anos de ouro da música dos anos 2000? Nomes como Britney Spears, Beyoncé, Jay-Z, Justin Bieber, Katy Perry, Lady Gaga, entre outros, estavam lançando hits atrás de hits e se tornando os principais nomes da música mundialmente. Muitos se mantendo no mesmo patamar de sucesso até os dias de hoje. Hoje, a influência da música internacional no Brasil se manifesta de forma multifacetada. Artistas brasileiros estão cada vez mais se apropriando de estilos globais, como trap, reggaeton, rap e pop eletrônico, ao mesmo tempo que mantêm suas raízes na música brasileira.
A fusão de gêneros é uma característica marcante da cena musical atual. A Anitta, por exemplo, conquistou uma carreira internacional ao misturar funk carioca com elementos do pop e do reggaeton, alcançando mercados importantes como os Estados Unidos e a Europa. Ela mostra a globalização da música brasileira e a maneira como artistas locais podem expandir seus horizontes, adotando influências internacionais sem perder sua identidade.
Além disso tudo, a música internacional tem sido uma ferramenta para engajamento político e social no Brasil. Estilos como o rap e o hip-hop, que possuem uma forte mensagem de protesto e reflexão social, são cada vez mais populares no país, especialmente entre os jovens das periferias. Isso reflete uma aproximação com movimentos globais, como o Black Lives Matter, e a adesão às discussões sobre justiça social e direitos humanos.
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