Celebrando a luta pelo direito de ser e existir no mês do orgulho LGBTQIAPN+, a artista conversou com a Vogue sobre o trabalho que chega em todas as plataformas digitais nesta quinta-feira.
“Eu estava num momento da minha vida que eu era chamada muito para falar sobre o meu corpo, seja fisicamente, politicamente ou emocionalmente, mas sempre nesse lugar de um corpo trans. Pensei em lançar algo que não tivesse que falar sobre isso, mas que não me negasse enquanto a pessoa que sou. A minha transexualidade faz parte de quem sou, assim como também sou taurina e de Uberlândia. Nisso, chegou nas minhas mãos um texto de uma pesquisa da Universidade de Liége, na Bélgica, que comparou os cérebros de crianças que já se reconheciam como trans – e já estavam em pré-tratamento hormonal – com o de crianças cis. E percebeu-se que os cérebros das meninas trans e das meninas cis eram muito semelhantes, emitiam as mesmas ondas eletromagnéticas de sinais para o corpo. Então isso entrou na minha cabeça de uma maneira e conclui: ‘eu sou biologicamente mulher.’ Comecei a pensar muito sobre isso e sobre essas tecnologias, e a partir daí decidi fazer este álbum, que traz um pop eletrônico, mas com sons brasileiros”, revelou a estrela.