Enquanto o mercado da moda ainda tenta entender o que significa ser real em 2025, a resposta já está nas ruas do Jardim Thelma, em São Bernardo, e nos vídeos de Priscila Pereira. A influenciadora de 27 anos, nascida no interior de São Paulo e formada em Relações Públicas, cresceu vendo sua mãe trabalhar com faxinas e vendendo doces para sustentar a casa. Hoje, ela transforma suas vivências em conteúdo que mistura humor, força e identificação genuína.
Com um crescimento de mais de 51 mil seguidores no Instagram apenas em junho e vídeos que viralizam com milhões de visualizações no TikTok, Priscila é mais do que uma criadora de conteúdo. Ela representa uma estética preta periférica que não se molda às exigências do padrão e não se esconde atrás de tendências passageiras.
“O que eu visto é o que me veste. Não é fantasia. É corpo preto, é quebrada, é minha história. E isso já basta para ser bonito”, afirma.
Sua estética é construída a partir do que vive. Unhas de fibra sempre decoradas, cabelo natural sem definição e o gloss como assinatura são marcas registradas. Ao contrário da estética higienizada da internet, Priscila traduz a beleza preta com textura, brilho e verdade. Ela mistura acessórios prateados e dourados sem seguir regras. Veste o que tem com confiança e transforma peças simples em expressões de identidade.
Nada é montado. Tudo é vivido.
Segundo dados da WGSN, a busca por expressões como “moda real brasileira” e “corpo gordo com estilo” cresceu mais de 170 por cento desde 2023. Priscila está no centro desse movimento. Fala de beleza com contexto, autoestima com humor e moda com memória.
“Beleza não é esconder. É assumir. E eu assumi quem eu sou. Corpo gordo também performa beleza. Com roupa de brechó, com a pele que eu tenho, com o que é de verdade.”
Representada pela agência SIDE, Priscila já chama atenção de marcas que buscam presença genuína. Não se trata de encenar diversidade. Trata-se de viver o que se é, com orgulho e consistência.
“A gente aprendeu a se vestir sem vitrine, a desfilar sem passarela. A minha referência de moda sempre foi a minha mãe indo trabalhar de cabeça erguida.”
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Miguel Lucas 33 anos, Publicitário e Jornalista, amo a cultura pop, viagens e shows, criei o Agito Pop, na intenção de levar o melhor do entretenimento para a galera e agitar muito a internet.
