Terça-feira passada (18), o sindicato de músicos do Egito anunciou que não iria autorizar o show do rapper americano, programado para acontecer nas pirâmides de Gizé, por considerar que o artista é contrário às “tradições” locais.
Grandes cantores internacionais costumam se apresentar ao pé das famosas estátuas, perto de Cairo. A resposta negativa da corporação de músicos costuma ser rara, mas o Oriente Médio começou, nos últimos anos, uma campanha contra os gêneros musicais considerados “inapropriados” – o rap foi o primeiro.
A associação, que supervisiona todas as atividades relacionadas à shows no país árabe mais populoso, disse em comunicado que o concerto de Scott iria “contra nossas tradições”.
Depois de examinar o conteúdo das redes sociais e “as posições do artista, o sindicato encontrou imagens e informações documentadas sobre os estranhos rituais que ele pratica, que vão contra nossas tradições”, disse o texto, sem especificar quais são os “rituais”.
O intérprete de “SICKO MODE” cantaria por lá as canções do seu novo álbum, “UTOPIA”, programado para ser lançado nesta sexta-feira (28). “Infelizmente, apesar dos maiores esforços, problemas complexos de produção impediram que o show fosse construído no deserto”, informou a Live Nation, produtora do espetáculo.
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