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Kayblack lança álbum ‘A Cara do Enquadro’

Disco reúne 10 faixas e participações de KL Jay, MC Hariel, Kyan e mais; Kayblack deixa a temática do amor para abordar a realidade periférica

Reprodução/Instagram: @realkayblack

O rapper Kayblack acaba de lançar seu novo álbum, “A Cara do Enquadro”, nesta última quinta-feira (31). O trabalho, disponível nas principais plataformas digitais pela Warner Music Brasil e GR6, traz 10 faixas inéditas e participações de peso, como KL Jay, MC Hariel, Kyan e LPT Zlatan.

Combinando rap, trap, funk, drill e música eletrônica, o disco marca uma nova fase na carreira do artista, que deixa de lado os temas amorosos para abordar, de forma direta e sensível, as vivências nas periferias brasileiras.

Um retrato real do cotidiano nas quebradas

Mais do que um álbum musical, “A Cara do Enquadro” é quase um manifesto. Kayblack usa sua arte para falar de racismo, violência policial, mobilidade social, e relacionamentos, sempre com base em experiências pessoais e em histórias que ecoam nas favelas do Brasil.

A faixa que abre o disco, e que leva o mesmo nome do álbum, já define o tom do projeto ao abordar as abordagens policiais e estereótipos enfrentados por jovens pretos no país.

Ser da favela não é só o que a TV mostra, não. Nós temos ideia, temos visão, temos cultura. Eu me sinto responsável por mostrar isso, porque quando eu apareço num clipe ou num palco, é um monte de menor se vendo ali também. Eu não quero que eles acreditem que o único caminho é o crime ou o sofrimento. Quero mostrar que dá pra sonhar grande, ser inteligente, ser artista, ser o que quiser, e ainda assim manter o pé onde tudo começou. A quebrada é potência, não é problema, afirma Kayblack.

Parcerias de peso e diversidade sonora

O álbum se destaca não apenas pela sua mensagem potente, mas também pelas sonoridades variadas. A pluralidade musical é acompanhada por participações que reforçam a força coletiva do projeto.

Na segunda faixa, “Maldito Papel”, Kayblack se junta ao lendário KL Jay, do Racionais MC’s, e entrega uma batida boombap com crítica social afiada:

Levanta cedo e vai atrás / Procure sempre ser voraz / Disposição pra querer mais / Mais, mais dinheiro.

Já o trap “Concreto e Aço” se apresenta como faixa-foco do projeto e representa a fase atual do artista, um momento de fé, foco e resistência frente às dificuldades da vida nas ruas.

Kayblack: Do funk ao drill, uma travessia musical

O álbum também entrega momentos de reflexão e celebração. O funk “Eis Me Aqui” e a faixa “Eu Sei Bem” trazem depoimentos emocionantes sobre superação e fé.

Em “Pretona”, parceria com Kyan, Kayblack celebra conquistas e afetos, enquanto no drill “Nego da Paz”, com LPT Zlatan, a força e a paz caminham juntas.

Na música “Visita”, ele se coloca no lugar de alguém que foi preso, humanizando realidades que muitos preferem ignorar.

Final potente: liberdade sonora e simbólica

A jornada se encerra com “Cartas na Mesa”, faixa de pegada eletrônica que coroa a versatilidade sonora do artista. Aqui, Kayblack transforma o enquadro literal e metafórico em espaço de criação e liberdade.

Esse álbum é sobre viver no limite, mas com cabeça erguida. Sobre ter que ser mais esperto, mais rápido, mais forte o tempo todo, não porque a gente quer, mas porque o sistema obriga. Cada faixa é uma vivência minha, mas também de vários que tão aí fora no corre, tentando não virar estatística. ‘A Cara do Enquadro’ não é só minha cara, é a cara de um povo inteiro que cansou de ser lido só pela lente do medo, da violência, do estereótipo. É sobre mostrar que, mesmo enquadrado, por policiais, por celas, por dinheiro, a gente segue criando, sonhando e resistindo”, diz.

Nova era: Kayblack assume sua própria narrativa

Com “A Cara do Enquadro”, Kayblack inaugura uma nova fase, mais autoral, mais madura e profundamente conectada com suas raízes. Ele abandona o romantismo que marcou fases anteriores e mergulha de cabeça na realidade da quebrada, assumindo-se como personagem real de sua própria história.

Do corpo à estética visual, do som às palavras, Kayblack mostra que, mesmo dentro de um sistema que insiste em limitar e rotular, ainda é possível reexistir e fazer arte com verdade.

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Escrito Por

Admiradora da música e cultura pop, aspirante a blogueira nas redes sociais e uma jornalista que ama o que faz.

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