Após o fim do Little Mix, muita gente se perguntava como cada integrante seguiria sua própria trjaetória. E se havia alguma dúvida sobre o caminho de Jade agora não há mais: seu primeiro álbum solo, “THAT’S SHOWBIZ BABY!”, lançado nesta sexta-feira (12), é uma verdadeira produção de Broadway em forma de pop, carregada de referências teatrais, ousadia e emoção.
O mais impressionante é que o disco já vinha sendo celebrado pela crítica antes mesmo do lançamento oficial. A Rolling Stone descreveu o projeto como “um dos debuts mais originais da década”, enquanto a NME destacou a habilidade de Jade em equilibrar ironia, vulnerabilidade e poder vocal.
Não à toa, fãs e críticos já falam em “um clássico instantâneo”.
Do Little Mix ao solo
Depois de mais de uma década no Little Mix, girlgroup que alcançou enorme sucesso pop, con turnês, hits e uma base de fãs global, Jade precisava não apenas sair da sombra de “mais uma ex-integrante de girlgroup”, mas também provar para si mesma que podia gravar músicas à sua maneira.
Os singles solo que antecederam o álbum, como ‘Angel Of My Dreams’, foram recebidos com interesse especial da crítica por romper expectativas. A faixa se destacou por sua teatralidade, mistura de pop com crítica ao show business, interpolação de ‘Puppet on a String’ e a coragem para expor inseguranças. Críticas como as da Rolling Stone e The Guardian, elogiaram sua disposição de variar estilos, inserir nuances emocionais mesmo em faixas dançantes.
Análise Faixa a Faixa do “THAT’S SHOWBIZ BABY!”
01 – Angel Of My Dreams
Abre o álbum já dizendo: “Não vim para brincadeira”. A produção une elementos de power-ballad com eletrônica dramática. É quase um manifesto: Jade examina sua relação complicada com o mundo artístico, com fama, expectativas, criando uma atmosfera que balança entre o espetáculo e a confissão íntima. A letra expressa tanto desejo por reconhecimento quanto rejeição dos padrões impostos. É potente como introdução: coloca o ouvinte em alerta, mostra que há camadas e coragem.
02 – IT Girl
Aqui Jade desacelera um pouco o choque inicial, mas com muita atitude. A canção traz um pop elétrico mais direto, melodias que grudam, e letra que faz referência ao papel que a indústria espera dela: Ser “a garota”, imagem e persona. O single mostra versatilidade: Jade pode ser grandiosa e ainda assim pessoal.
03 – FUFN (Fuck You For Now)
Aqui a raiva e a frustração entram em cena. A música fala de uma briga ou rompimento emocional: ‘por enquanto foda-se’, esperando dar um recado, um espaço. Liricamente, há uma varocidade: não é apenas ‘te deixo’, é um ‘te deixo AGORA’. Musicalmente, é um pop dançante.
04 – Plastic Box
Talvez uma das mais emocionalmente complexas do álbum. A letra revela inseguranças, comparações, ciúmes, sentimento de ser “menos” por causa do passado do parceiro. Mas Jade transforma isso em arte. Há algo ‘belíssimo e desconfortável’ nisso, dor que se transforma em beleza, que faz dançar e sentir ao mesmo tempo. Não é àtoa que os críticos destacam a faixa como “pop que dói mas encanta”.
05 – Midnight Cowboy
Possui uma das atmosferas mais cinematográficas do disco. A letra brinca com identidade, liberdade. Não é tão imediata como “Angel Of My Dreams” ou FUFN, mas mostra profundidade: Jade não está só para entreter, ela está para contar, para causar reflexão.
06 – Fantasy
Disco, sensual e festiva: palavras muito usadas nas críticas. Fantasy fala de desejo, um empoderamento, um convite para explorar o prazer sem vergonha. Mostra que Jase pode ser glamourosa sem perder o peso emocional. Muitos críticos alegam ser uma canção que prova: ela não está fazendo um “pop seguro”.
07 – Unconditional
Um dos momentos mais vulneráveis do álbum. Jade fala do amor sem reservas, inclusive uma das partes mais difíceis: o peso de amar alguém mesmo quando se sente insegura. A produção mistura melancolia, batidas eletrônicas e momentos climáticos. Há uma aspiração em fazer algo que dance mas que também faça chorar. Apesar de críticas mencionarem que em certos trechos a instrumentação “exagera” ou fica um pouco confusa, por Jade tentar combinar muitas ideias em um pequeno espaço, ainda assim é uma das faixas que deixa marcas pela honestidade.
08 – Self Saboteur
Aqui entramos na autoavaliação: aquela voz interior que sabota, que duvida, que foge quando as coisas vão bem. A letra é íntima, menos teatral que as outras faixas. Há uma nostalgia para quem conhece o trabalho de Jade no Little Mix, algumas semelhanças com estilo aparecem, mas com uma Jade mais madura, mais ‘ela mesma’. É uma espécie de descanso emocional no álbum. Depois de tanta intensidade, a faixa permite respirar e conectar.
09 – Lip Service
Talvez uma das mais controversas. Mais sensual, provocativa, com letra que flerta diretamente com a sexualidade. Há uma pegada de “faça tudo, diga tudo”, de usar o corpo, o desejo.
10 – Headache
Como o nome mesmo indica, uma música que gera incômodo proposital: as letras falam de conflitos internos, das percepção de ser alguém difícil, de estar em desequilíbrio emocional. A produção é intensa, ritmos pesados. A música não tenta ser doce, às vezes desconfortável. Mas isso é parte do charme do álbum: Jade não fugiu do que dói.
11 – Natural at Disaster
Um dos pontos altos para muitos. Jade usa metáforas fortes, algo meio “dançar em meio ao desastre” e entrega muito vocalmente momentos de drama, crescimento, clímax emocional. Produção combina elementos de balada, eletrônica atmosférica e um contraste estremecido.
12 – Glitch
Uma música que fala dos “bugs” internos: ansiedade, inseguranças que distorcem o que deveria ser simples. Traz uma letra de alma quebrada, tentando se recompor. Serve como um espelho quase desconfortável. Críticos elogiam o risco: é fácil “errar” com esse tipo de som experimental, mas Jade foi e testou seus limites.
13 – Before You Break My Heart
Um momento quase clássico! Letra de aviso antes de entrega: ‘antes de deixar meu coração partir, antes de me desapegar. Um pedido e também uma armadilha emocional, será que você vai me machucar?’. Há melancolia, mas também elegância, crescimento e uma sensação de dignidade. É uma das faixas que conectam passado e presente, mas sob sua assinatura.
14 – Silent Disco
Encerramento que deixa um gosto forte. É íntima, reflexiva, talvez a mais emocional de todas, no sentido de voz e letra expostas. Apagar as luzes, silenciar o barulho, dançar no silêncio, ou ouvir o silêncio dentro de si. Letra que fala de amor, misturada com esperança. Não é explosiva como “Angel Of My Dreams” mas é perfeita para encerrar: mostra uma outra face de Jade, suave, vulnerável.
‘THAT’S SHOWBIZ BABY!’ raramente pisa no seguro. A maior parte das faixas nos desafia: quer que a gente ouça, sinta e se questione. Há momentos de puro pop chiclete, mas também há momentos de dor sem filtro, todos compondo um retrato de uma Jade que aprendeu a abraçar quem é, sem domar suas contradições. É um álbum de estreia forte, maduro e emocionante.
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