O Vaticano confirmou, nesta segunda-feira (21), a morte do Papa Francisco, aos 88 anos. O pontífice argentino faleceu as 2h35 (horário local), após ter enfrentado complicações de uma pneumonia que o deixou hospitalizado por 40 dias. Há cerca de um mês, ele havia recebido alta e, neste domingo de Páscoa, chegou a aparecer na Praça de São Pedro para abençoar milhares de fiéis.
Francisco esteve à frente da Igreja Católica por 12 anos e deixa um legado marcado por discursos progressistas, aproximação com minorias e um forte posicionamento em defesa dos pobres e do meio ambiente.
O que é o Conclave?
O Conclave é o ritual fechado e altamente sigiloso onde cardeais católicos de todo o mundo se reúnem para eleger o próximo Papa. O nome vem do latim cum clave, que significa “com chave”, uma referência direta ao isolamento absoluto dos participantes durante todo o processo.
O encontro ocorre na Capela Sistina, no Vaticano, e apenas cardeais com menos de 80 anos podem votar. Atualmente, são cerca de 120 eleitores habilitados. Todos os cardeais ficam completamente isolados: sem internet, celulares ou qualquer forma de comunicação com o mundo externo. Tudo é feito sob extremo sigilo para evitar interferências.
Como acontece a eleição?
A eleição é feita por votação secreta, usando cédulas de papel. Para ser eleito, um cardeal precisa conquistar pelo menos dois terços dos votos. Caso nenhum nome atinja esse número, ocorrem novas rodadas de votação, sendo duas sessões pela manhã e duas à tarde. Ao fim de cada rodada, uma fumaça sobe pela chaminé da Capela Sistina, preta se ainda não houve consenso; branca quando um novo Papa é eleito.
Quando o escolhido aceita sua eleição, ele escolhe o nome pelo qual será chamado e é apresentado oficialmente ao mundo com a frase: “Habemus Papam!”. Em seguida, o novo líder aparece na varanda da Basílica de São Pedro para dar sua primeira bênção aos milhares de fiéis reunidos na praça.
Quem pode ser o novo Papa?
Um dos nomes que mais ganham força nos bastidores do Vaticano é o do cardeal Fridolin Ambongo Besungu, da República Democrática do Congo. Figura respeitada dentro da Igreja e defensor ativo das causas sociais e ambientais, ele desponta como um dos favoritos para liderar a Igreja Católica
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