Com estilo marcante e letras intensas, rapper independente se consolida como destaque da cena periférica de São Paulo
A cena do rap paulistano ganha cada vez mais força nas periferias, e um dos nomes que vem chamando atenção é o de Doliros. Com 22 anos, o artista da Zona Leste de São Paulo mostra que talento, autenticidade e identidade visual é seu ponto forte artisticamente.
Início e paixão pela produção musical
Matheus, conhecido como Doliros nas ruas de São Rafael, começou sua caminhada musical aos 15 anos, produzindo e vendendo beats. A virada aconteceu quando decidiu incluir suas próprias letras nas produções — e, assim, surgiu o artista que hoje é referência na periferia da Zona Leste de “Sampa”.
Primeiro álbum e formação do grupo
O primeiro disco veio em 2021: “Perdido é Pouco”, com 7 faixas que conta história pessoal e social. O lançamento marcou também o nascimento do coletivo “Scream”, criado com amigos da cena e de sua convivência. Juntos, passaram a organizar o evento “São Rafa HipHop”, em parceria com a Casa de Cultura São Rafael, um importante espaço de valorização da arte independente na Zona Leste.
Deluxe e novo álbum
Em 2025, Doliros lançou o “Perdido é Pouco Deluxe”, versão expandida do projeto original, reunindo artistas que cruzaram seu caminho e contribuíram para sua evolução.
O grande destaque do ano é o álbum “Áspero”, lançado em abril. Com 14 faixas e mais de 50 minutos de duração, o trabalho é um mergulho nas suas história, abordando temas como vivência periférica, identidade e resistência. As batidas remetem ao rap dos anos 90 e 2000, e cada faixa traz uma crítica social.
Estética que chama atenção
Além do som, Doliros também se destaca pelo visual. Suas roupas e capas de álbuns carregam uma estética única. A imagem é parte fundamental de seu discurso artístico.
Parcerias
Entre os colaboradores, está o também rapper da Zona Leste Toddy Flow, que participou de duas faixas do Deluxe do álbum “Perdido É Pouco”. A zona leste é um abraço para esses artistas, principalmente no rap, eles representam uma geração que constrói arte com base na realidade e na coletividade.
Ouça Doliros:
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