O Jardim Botânico de São Paulo vai se transformar em um espaço de arte, ciência, espiritualidade, ecologia e cultura nos dias 28 e 29 de outubro. É o Festival IRIS, que chega pela primeira vez em São Paulo para semear a mensagem do Bem Viver. O Festival é uma realização do Instituto Pro Bem Viver, idealizado por uma família – uma mãe e duas filhas: Connie Lopes, Natasha Llerena e Nikita Llerena.
O Festival IRIS vai reunir artistas, ativistas, indígenas, pensadores, cientistas, mobilizadores sociais e guardiões da sabedoria ancestral para refletir e inspirar formas de viver mais conectadas à natureza e com maior consciência política, histórica, ambiental e social. Através das vozes de diversos povos, o Festival visa criar um movimento de paz e união para despertar um maior senso de comunidade entre a humanidade e o amor pela Terra. No atual momento de rupturas e transformações, IRIS reconhece um caminho que nasce das rachaduras.
O Festival IRIS vai trazer uma programação diversificada, dando holofote para artistas novos e consagrados. Uma das atrações internacionais é a artista marroquina Asmaa Hamzoui, que se apresenta pela primeira vez no Brasil. Ela é a primeira musicista gnaoua de seu país, gênero tradicionalmente reservado a artistas masculinos. A cultura gnaoua é cercada de simbolismo e é descendente de afrikanos sub-saharianos.
Outra atração internacional é o filósofo e poeta nigeriano Bayo Akomolafe, que está vindo especialmente da Índia para o Festival IRIS. Trazendo sua ancestralidade africana, o pensador compartilha uma mensagem sobre decolonialidade, amor e transformação, além de apresentar os seus conceitos de “pós-ativismo” , “transracialidade” e “blackness”. Ele questiona: “E se a forma como estamos respondendo às crises globais é parte da própria crise?”
Grupos indígenas de diversas origens brasileiras e internacionais também vão participar do Festival IRIS, trazendo suas sabedorias e culturas distintas. Uma comitiva Yawanawá, com a sua histórica potência musical, vem diretamente da Amazônia trazendo os cantos da floresta. A consagrada artista plástica Daiara Tukano participa de um painel sobre “Arte e espiritualidade” ao lado de Ernesto Neto. O indígena Lakota de origem norte-americana Vernon Foster chega para falar sobre a importância de resgatar os conhecimentos ancestrais para a atualidade. A apresentadora Bela Gil marca presença ao lado da ativista indígena Watatakalu Yawalapiti e da jovem comunicadora Sam Sateré Mawé. O comunicador digital Tukumã Pataxó também está entre as figuras em destaque no Festival.
A música brasileira também vai ter espaço no Festival IRIS, com shows de diferentes estilos e ritmos. A Banda Poesia Samba Soul, formada pelo grupo do Instituto Favela da Paz, anima o público com os sons de sucesso das quebradas e periferias paulistanas. O grupo africano Okupiluka treme a pista de grama com os afrobeats e hits atuais. E para fechar a primeira noite, sábado (28), o grupo de música brasileira Carlos Malta e Pife Muderno recebe como convidados a cantora Natasha Llerena e o violinista Nicolas Krassik em um show alegre e brincante que celebra os ritmos populares do Brasil. A renomada artista baiana Mariene de Castro fecha o palco principal no domingo (29) com sua música popular em saudação às forças da natureza.
O Festival IRIS também vai contar com conferências sobre temas relevantes para o Bem Viver, como psicoativos naturais como efeitos antidepressivos, com o cientista Dráulio Araújo; arte e espiritualidade, com Daiara Tukano e Ernesto Neto; e a importância dos povos originários para a preservação da vida, com Bela Gil, Watatakalu Yawalapiti e Sam Sateré Mawé.
Além disso, o público poderá aproveitar experiências múltiplas como oficinas criativas, rituais de conexão, música, rodas tradicionais indígenas, pinturas, círculos de cura, danças livres e cultura popular. A programação do Festival IRIS conta com palcos diversos, sendo um destinado aos shows; um para conferências; duas tendas para oficinas e vivências e um espaço designado à programação infantil; além de uma feira com produtos artesanais e gastronomia.
O Festival IRIS é uma oportunidade única de vivenciar um olhar ancestral para o futuro, em um ambiente de beleza natural e diversidade cultural.
