O espetáculo veio a acontecer no dia 18 deste mês, em uma apresentação única no Teatro B32. E eu esta colunista que voz fala, tive a grande oportunidade de me juntar à platéia e sentir incríveis emoções, como lições, críticas sociais, reflexões e risadas garantidas.
A obra traz enorme foco na psicologia. A psicóloga Carol (Maximiliana Reis), vive um grande drama em sua vida, sem um par romântico e com uma filha adolescente, Carol desacredita ferozmente no amor ou de viver mais aventuras devido a sua idade. Em seu trabalho, a psicóloga atende pacientes que apresentam diversas situações do cotidiano.
O primeiro paciente amava mais sua parceira do que ele próprio e não conseguia se dar o próprio valor. A segunda paciente se referia a uma “loba” que se permitiu ser seduzida por um garoto mais jovem, gerando conflitos em sua mente sobre diferenças de idade e possibilidade de ter filhos.
O terceiro paciente era um garoto da “gen- z” que tinha muitos estranhamentos com sua mãe e atitudes de arrogância e desobediência. O quarto paciente era um empresário que se sentia improdutivo e falho em sua carreira como profissional e desistiu de absolutamente tudo, inclusive seus estudos.
O último caso apresentado, era uma senhora que iniciou com uma dependência emocional no marido e desencadeou em uma depressão severa de anos de duração e uma negligência grandiosa em ter atendimentos com o outro especialista interpretado por Nizo Neto.
O desenvolver da história mostrava a busca pela felicidade, a resiliência e o conceito de não deixar nossos sonhos de lado. É muito interessante que em um relacionamento com pessoas, podemos aprender com elas e também ensiná-las, também sendo um dos propósitos que a narrativa da persona Carol propõe. Adotando a metodologia do Dr. Augusto Cury, os desfechos das histórias tem finais inacreditavelmente engraçados e “intensos” até demais.
O primeiro paciente aprende a se amar, porém com base na validação de sua parceira. A segunda paciente insiste em ficar com o garoto mais novo, porém decide ter um filho com ele (risos). O terceiro paciente apenas deixa de ser mal educado com sua mãe.
O empresário é influenciado por Carol para voltar a estudar e indica o livro “Nunca desista de seus sonhos”, criando uma expectativa de vida no mesmo. Porém, foi um trabalho muito árduo devido a relutância e os apontamentos que o mesmo fazia para Carol, fazendo-a reconhecer hipocrisias e identificar problemas em sua própria vida e relacionamentos. Os dois fazem um combinado em fechar todas as pontas soltas e reestruturarem sua existência.Nesse meio tempo, ambos se apaixonam (porém o paciente já era apaixonado quando a doutora era professora) e assim ficam juntos.
Por fim a idosa se separa do marido, vive feliz cometendo loucuras colecionando vivências. A peça nos faz refletir sobre o rumo que damos às nossas vontades e nossos desejos. Uma viagem introspectiva com muito autoconhecimento. Realmente uma adaptação brilhante!
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