O BBB 23 deu início aparentemente mostrando que esse ano seria diferente, com tantas pautas para se falar, porque não falar sobre racismo? Uma edição que teve o maior número de jogadores negros, tinha tudo para ser diferente.
Em certo momento, pela primeira vez na história a casa foi em sua maioria de negros, houveram tantas discussões entre eles sobre a pauta racial, sobre as vivências, sobre as auto aceitações, sobre tanta coisa, tinha tudo para ser diferente.
Como pode mudar tão rápido? Nas últimas semanas apenas jogadores negros foram eliminados, em certo momento do programa, Fred Nicacio chegou a demonstrar seu desejo “Eu quero uma final com pessoas pretas. Isso é reparação histórica. Não importa quem, desde que sejam nossos”, Nicacio também chegou a chamar todos eles pra fazer uma foto histórica. “Olha os tons sobre tons! Que lindo!”. Os brothers deram parabéns uns aos outros após a foto.
Mas, um por um daquela foto foi saindo, sobrando Aline (que está apenas com pessoas brancas) e Ricardo que em determinado momento, optou por jogar sozinho.
Isso parece um deja vu? Uma repetição do que aconteceu lá no BBB19?
Bruna Griphao é uma das participantes onde nunca escondeu seu privilégio branco, sempre trazendo a tona comportamentos problematicos e deixando nítido o seu racismo estrutural.
O que adianta discutir tanto o racismo, o racismo religioso, se nada vai mudar isso? Domitila Barros, a última eliminada que tinha todo potencial de uma campeã? Teve falas erradas? Óbvio que sim, mas nada apaga o racismo vencendo mais uma vez!
Os participantes brancos em sua maioria não faziam parte das rodas de conversas sobre vivências de pessoas negras, então seguirão na mesma bolha que lhes convém, a reta final do programa nada mais é o retrato do privilégio.
O que era motivo de celebração, foi apagado da história.
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